Estudantes por Empréstimo

Fevereiro 22, 2009

Estudantes por Empréstimo é um grupo de estudantes do ensino secundário e superior das cidades do Porto e Lisboa que utiliza o teatro-fórum para pensar os seus problemas. Este ano decidimos dar continuidade ao projecto de Teatro Legislativo que fizémos o ano passado, continuando a debater estas questões, através de sessões de Teatro-Fórum. Partindo de uma peça de teatro – que demonstra problemas nossos e comuns a milhares de estudantes – desafiamos estudantes, e quem quiser participar, a dar novas soluções aos problemas. 


Universidades já recusaram bolsas a dez mil jovens

Janeiro 30, 2012

por Ana Bela Ferreira
DN, 29-01-2012

Regras mais apertadas também estão a reduzir os pedidos de apoio.
Outros 14 mil candidatos continuam à espera de resposta

As universidades rejeitaram 10185 candidatos a bolsa, apesar de este ano já ter havido menos pedidos, devido ao apertar das regras. Alunos de famílias com rendimentos acima dos 6000 euros per capita ou que devem dinheiro às Finanças não têm direito. As associações de estudantes asseguram haver quem já esteja a recorrer a trabalhos temporários para conseguir pagar o curso, e outros a desistir. E neste momento ainda há 14 640 estudantes à espera de resposta.

Ver notícia completa em http://aulp.org/noticias/revista-de-imprensa/ensino-superior/1301-universidades-ja-negaram-bolsas-a-mais-de-10-mil-alunos

Empréstimos já chegam a 14 mil. Académicas criticam “lógica de substituição” em relação às bolsas

Janeiro 1, 2012

(artigo publicado no jornal o Público, 30 de Dezembro de 2011)

Desde que foi lançado em 2007, o sistema de empréstimos bancários a taxas reduzidas a estudantes do ensino superior já beneficiou perto de 14 mil alunos. Mas as associações académicas mostram se preocupadas com o que dizem ser a “lógica de substituição” das bolsas de estudo em que funcionam os empréstimos e com o risco de “endividamento precoce” dos estudantes.

O sistema estava suspenso desde o início do ano lectivo por dívidas do Ministério da Educação e Ciência à Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua SPGM, a entidade que gere o processo, mas será retomado em breve depois das garantias da tutela de que pagará os cinco milhões de euros em falta. Os juros manter-se-ão baixos e o prazos de reembolso alargados, assegura José Fernando Figueiredo presidente da SPGM.

Luís Rodrigues, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), diz que o fundo “não seria necessário se a acção social fosse de encontro às necessidades de todos”. A visão é partilhada pelos dirigentes associativos das academias do Porto e Coimbra que criticam a sua utilização como um “instrumento de substituição” das bolsas.

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Estudantes por Empréstimo na Rádio Manobras

Dezembro 20, 2011

 

A Rádio Manobras é um projecto de radiodifusão dedicado ao centro histórico do Porto: uma rádio com som da cidade e voz dos cidadãos. Criada no âmbito do programa Manobras no Porto, a Rádio Manobras tem como missão ser um espaço de diálogo com a comunidade, um espaço de experimentação sonora e um espaço de acção cívica e cultural.

José Soeiro, dos Estudantes por Empréstimo, foi o convidado deste programa, onde se falou sobre Teatro Legislativo e muito mais. Dos “estudantes por empréstimo” até aos FERVE, uma conversa sobre as mais diversas “opressões” actuais da sociedade e a metodologia de Boal, enquanto palco de ensaio para possíveis soluções.

Clica aqui para ouvires a entrevista:

conversa-jos-soeiro-teatro

 

“Teatro do Oprimido Do Oprimido”

Dezembro 15, 2011

Bárbara Santos[1] que foi coordenadora do CTO-Rio e hoje dirige o grupo Kuringa em Berlim, esteve em Portugal e escreveu o seguinte artigo de opinião sobre a realidade do TO no nosso país, que aqui reproduzimos.

Estive duas semanas em Portugal. Porto e Lisboa. Cidades lindas, charmosas, receptivas. Do centro histórico do Porto até o bairro da Cova da Moura, em Lisboa, a percepção da arquitetura, da culinária, da simpatia, do racismo difuso e de um certo complexo de inferioridade pareceu-me familiar.

O Teatro do Oprimido foi o meio de transporte. Em duas semanas: mostra de espetáculos, painel de discussão, visita a duas comunidades, seminário teórico, workshop de Teatro-Fórum, supervisão de multiplicadores e Laboratório Madalena.

A convite do PELE[2], que sedia o Núcleo de Teatro do Oprimido – NTO-Porto, participei do Encontro de Arte e Comunidade, de 21 a 27 de Novembro de 2011, no Porto. Tive a imensa satisfação de constatar que o Teatro do Oprimido que está sendo feito em Portugal é Do Oprimido.

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Manifesto junta professores, estudantes, investigadores e activistas em defesa da escola pública

Dezembro 4, 2011

Foi hoje publicado no jornal O Público um manifesto em defesa da escola pública e da democracia. Entre os subscritores contam-se alguns dos principais investigadores na área da educação, bem como dirigentes estudantis, sindicais, de movimentos pedagógicos, investigadores científicos, bolseiros.

Entre os promotores do manifesto “A Educação, o país, o futuro”, que aqui reproduzimos, estão também alguns dos responsáveis pelo projecto Estudantes por Empréstimo e alguns dos estudantes que dinamizaram sessões nas suas escolas.

A educação, o país, o futuro

Nos seus 35 anos de democracia Portugal venceu o desafio da democratização do acesso à educação e aproximou-se dos níveis de qualificação europeus. Ainda que muitas das promessas da escola pública tenham sido apenas parcialmente cumpridas e que o acréscimo das qualificações não tenha sempre vindo acompanhado de maior justiça social e de crescimento, a verdade é que a educação está no centro do aprofundamento da democracia e da possibilidade do desenvolvimento.

As perspectivas com que se confronta hoje o campo educativo são, contudo, desoladoras. A situação das finanças públicas reclama um conhecimento e avaliação exigentes de todos os compromissos públicos, identificando despesa desnecessária, supérflua e geradora de injustiças sociais e distinguindo-a da que é indispensável, que colmata problemas sociais graves e qualifica o país. Por isso mesmo, a fragilização da educação não pode ser o objectivo de uma política que enfrente as dificuldades e o défice económico e social do país. A escola pública de qualidade e a promoção da investigação científica são uma parte fundamental da solução e não uma parte do problema.

O corte de 864 milhões de euros em 2012 na educação e ciência atira Portugal para a retaguarda da União Europeia em matéria de investimento no ensino. Em 2010 as despesas do Estado com a educação representavam 5% do PIB; passarão agora a apenas 3,8%. Na UE, a média é de 5,5% e na Eslováquia, que estava no final do tabela, rondava os 4%.

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Estudantes por Empréstimo participam em debate no festival MEXE

Novembro 30, 2011

A Associação PELE promoveu entre 21 e 27 de Novembro o Encontro de Arte e Comunidade MEXE, no Porto. Com workshops, filmes, debates e sessões de teatro, o encontro proporcionou a troca de experiências e a partilha entre diversos grupos e projectos de teatro social e de Teatro do Oprimido. Fotos do encontro podem ser vistas aqui.

No âmbito do encontro, a PELE convidou os Estudantes por Empréstimo para participarem num debate sobre o Teatro do Oprimido em Portugal, cuja moderação esteve a cargo de Bárbara Santos (Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro e Kuringa Berlim).

O debate contou com os testemunhos do GTOLx, do NTO Porto, da Cooperativa Mandacaru e da BAAL 17, além dos EpE, que foram representados pelo José Miranda e pelo José Soeiro, e cuja intervenção se fez a partir da divulgação do filme que está disponível online.

Empréstimos a estudantes nos EUA “estão a criar uma geração de escravatura assalariada”

Outubro 20, 2011

Notícia do jornal USA Today a propósito de um relatório do Reserva Federal do Banco de Nova Iorque.

U.S. students took out more than $100 billion in loans last year, a figure that will push the total amount of outstanding student debt above the $1-trillion mark this year for the first time ever.
Americans now have more student debt than they owe on their credit cards.

Those were among the most depressing figures in a rather depressing new report from the Federal Reserve Bank of New York, which USA Today dives into. To put the $1-trillion figure into some perspective, that total means that Americans now owe more in student loans than they do on their credit cards.

Even when adjusting for inflation, students are borrowing at roughly twice what they did a decade ago, and total outstanding debt has doubled in the past five years alone, the data shows. Full-time undergrads borrowed an average of $4,953 in 2010, a 63-percent jump from the previous decade even when inflation is factored in.

USA Today spoke to several student loan experts and observers, none of whom sugarcoated what the numbers mean. “Students who borrow too much end up delaying life-cycle events such as buying a car, buying a home, getting married [and] have children”, said Mark Kantrowitz, a publisher of FinAid.org. Nick Pardini, a finance grad student at Villanova who blogs on the topic, went one better: “It’s going to create a generation of wage slavery”.

Bolsas de estudo: novo regulamento divide estudantes

Outubro 7, 2011

Em 2012/2013, bolseiros têm de passar a 60% das disciplinas. Valor da bolsa depende do dinheiro que a família tem no banco

In P3, 23 de Setembro de 2011

As associações académicas auscultadas pelo P3 vêem vantagens no novo Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudos a Estudantes do Ensino Superior (PDF), mas não deixam de se sentir desiludidas. Desde logo, pela demora da publicação do documento que, dizem, pode atrasar o pagamento das bolsas. Segundo a Lusa, o ministro da Educação e da Ciência, Nuno Crato, espera que todas fiquem pagas até Outubro.
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Estudantes chilenos lutam por educação gratuita

Outubro 1, 2011

Os estudantes chilenos estão em luta contra a degradação e a mercantilização do ensino superior. No Chile, a luta dos estudantes contra o Governo e pelo ensino gratuito merece aprovação de mais de 80% da população. E nós daqui acompanhamos solidariamente.

Revolta estudantil no Chile

Boal, Brecht, Bourdieu: reflexões a propósito de (mais) um Festival Internacional de Teatro do Oprimido

Agosto 7, 2011

Reproduzimos aqui um texto de opinião de José Soeiro, publicado na Plataforma Barómetro Social, tendo como pretexto o Festival PULA FORUM onde os Estudantes por Empréstimo participaram.

Decorreu entre 20 e 27 de Junho, mais uma vez, o Festival Internacional de Teatro do Oprimido (TO) que há quatro anos se realiza em Pula, na Croácia, e que se tem transformado num dos espaços mais interessantes de encontro e troca de experiências de activistas do TO um pouco por todo o mundo. Com debates – este ano, sobre a experiência teatral no Movimento dos Sem Terra, no Brasil -, oficinas – neste caso sobre utilização de materiais recicláveis; sobre a estética épica e dialéctica; sobre o som e o ritmo no TO; e sobre a utilização do teatro em campanhas activistas – e com sessões de teatro fórum – este ano, com a presença de dois grupos da Sérvia, a trabalhar sobre o direito à educação e sobre o papel das mulheres ciganas; de dois grupos portugueses, com intervenção no movimento estudantil e na questão da informação e emancipação sexual; de um grupo de jovens alemães filhos de imigrantes e refugiados com uma peça sobre a “integração”; e de um grupo croata a trabalhar as questões de género –, o Festival Pula Forum tem permitido o interconhecimento e a partilha entre colectivos e grupos envolvidos num dos movimentos teatrais mais dinâmicos da actualidade.
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